O Rio de Janeiro, assim como toda a costa brasileira, oferece ondas perfeitas para todos os tipos de surfistas, desde iniciantes até big riders (aqueles que surfam ondas gigantes). Portanto, se você tem vontade de aprender a surfar, já pode ir se animando: quem entende do assunto garante que, com determinação e tomando alguns cuidados, todo mundo pode deslizar sobre as ondas!
Para iniciar no esporte com segurança, aprender o básico em uma escolinha de surf pode ser uma boa pedida. “Uma criança de 5 anos já pode ser introduzida no esporte”, diz Fabio Andrade, surfista e professor com 17 anos de experiência da Surfrio, que existe desde 2002 na praia do Arpoador. Quanto à melhor época do ano para o aprendizado, Fabio garante que não há com o que se preocupar: “No Rio, existem condições para se fazer aula o ano todo!”.
Surf promove saúde e bem-estar. Entre seus benefícios, melhora o equilíbrio, a coordenação motora, o funcionamento cardiovascular e fortalece os músculos
Por ser um esporte praticado ao ar livre e em contato com a natureza, o surf tem propriedade anti-estressante. Ele ajuda a esvaziar a mente, relaxar, e com isso proporciona uma maior qualidade de vida.
A advogada carioca Renata Franco começou a surfar aos 29 anos e hoje, aos 40, não se imagina longe do mar. “Eu nunca tinha pensado em surfar, comecei por influência de um ex-namorado e tive uma surpresa maravilhosa, não imaginava que fosse me identificar tanto com o esporte”.
A escolinha escolhida por Renata foi a Escola Carioca de Surf, na Barra da Tijuca. “Achei interessante porque ela era móvel, as aulas aconteciam aonde o mar estivesse em melhores condições”, explica.
Na primeira aula, Renata quase conseguiu ficar de pé na prancha. “Aquilo se tornou um desafio pra mim! A gente vê pela televisão e acha que é fácil, mas não é, quando você vai aprender, vê o quanto é difícil. Mas é como qualquer esporte, para aprender tem que treinar bastante”, ensina.
Surfando com segurança
A prática do surf deve contar com alguns aspectos básicos de segurança, como saber nadar e conhecer bem o mar e as correntes.
“Também é importante estar com a saúde em dia”, observa o professor Fabio Andrade. “Pessoas hipertensas, por exemplo, devem consultar um médico antes de se aventurarem no mar ou em qualquer atividade física”, alerta.
Confira o depoimento completo da advogada surfista, Renata Franco
“A primeira vez que tive contato com a prancha, com a água, com esse cenário, fiquei completamente apaixonada, abismada, como aquilo tinha a ver comigo e como eu ainda não tinha descoberto que poderia mudar a minha vida!
Depois da primeira aula, comecei a fazer a escolinha e nunca mais parei. E nem penso em parar!
Fiz três anos de escola, mas até hoje viajo com meu professor, Pedro, e com os alunos dele, atuais e antigos. É uma turma que surfa junto, viaja junto, ficamos muito amigos.
O surf é um estilo de vida, não é só um esporte. Você acorda mais cedo, se preocupa com a alimentação, com a previsão do tempo, você está sempre pensando em uma viagem para conhecer praias e ondas novas… Passa a ser uma coisa muito grande na sua vida e isso é algo comum a todas as pessoas que surfam, elas passam a conduzir suas vidas a partir da prática do surf.
Eu passei a ser uma pessoa muito mais tranquila, mais paciente, mais consciente com o meu corpo. O surf me acalma. São benefícios incontáveis na minha vida fora do mar, profissional, pessoal… Esse contato com a natureza e a possibilidade de evoluir no surf, isso tudo traz inúmeros benefícios para a minha saúde mental e física.
Não consigo não me imaginar surfando. Eu adapto os meus horários todos em função do surf, isso faz parte da minha vida de uma forma muito intensa. É um compromisso que eu amo, não é uma obrigação. É um compromisso com a minha qualidade de vida e com o prazer que o surf me dá”.