Alimentação no Carnaval
O Carnaval está chegando, é tempo de alegria e brincadeira tanto para quem vai sambar na avenida quanto para aqueles que preferem se divertir nos blocos. Mas apesar de ser um momento de descontração, um descuido principalmente com a alimentação pode acabar com a festa.
Cuidar da alimentação é imprescindível para garantir energia durante a folia. Então, para não cair na armadilha da má alimentação e ter que parar a brincadeira por causa de uma infecção intestinal, uma desidratação ou até mesmo uma ressaca, algumas recomendações simples podem ajudar.
O que não pode faltar no café da manhã, almoço e jantar de quem vai cair na folia, seja nos blocos, trios elétricos ou na avenida?
Café da manhã caprichado!
A dica é ingerir pão ou cereal integral, acompanhado de mel e ovos mexidos, frutas da época e beber suco natural e água de coco.
Na hora do almoço e do jantar que antecedem a festa, é recomendado optar uma refeição mais leve, sem frituras, molhos e alimentos gordurosos. Frango ou peixe acompanhado de uma salada é a melhor opção. Para aumentar a energia, adicione carboidratos ao prato, como batata doce.
Outra dica muito importante: durante os quatro dias de folia, as pessoas perdem líquido e gastam muita energia por causa do calor e da atividade física intensa (dança e corrida para acompanhar blocos, por exemplo). Por conta disso, a regra básica é tomar muito líquido e manter o corpo hidratado com água, sucos de frutas e água de coco. Para aqueles que não dispensam bebidas alcoólicas, o ideal é intercalar um suco ou uma garrafinha de água entre um copo e outro e evitar estômago vazio, comendo a cada três horas pequenas porções.
Quais alimentos devem ser evitados neste período folia e por quê?
Alimentos gordurosos devem ser evitados, pois além de muito calóricos, têm uma digestão lenta e difícil. Portanto, se quiser manter longe a indisposição e o cansaço, evite carnes gordas, frituras, salgadinhos e doces calóricos. Eles podem gerar também sensação de estufamento, preguiça, sonolência e desconforto após a ingestão. O açúcar dos doces também fermenta no intestino, podendo causar gases.
Lanchinhos saudáveis e fáceis de carregar na bolsa para quem vai ficar muitas horas fora de casa
Para garantir energia, a alimentação deve ser à base de carboidratos, preferencialmente os integrais, como: pães, massas, arroz, aveia, batata doce, mandioca, grãos (feijão, lentilha, milho etc.), esses alimentos fornecem energia e resistência ao corpo.
Para petiscar, dê preferência para castanhas, frutas secas, sementes de abóbora ou girassol torradas sem sal e salgados assados. Prefira uma alimentação leve e com boas fontes de carboidratos, combinadas com frango ou peixes, legumes e verduras.
As barras proteicas são uma boa pedida, pois são práticas. Quem for levar o próprio lanche, atenção: natural recheado de molhos, maioneses e frios não são recomendados, pois estragam muito rápido. Fique longe também dos lanches produzidos por locais de procedência duvidosa.
Quais são os perigos de comer qualquer coisa na rua e qual cuidado o folião deve ter na hora de buscar uma opção rápida e prática?
Nessa época, muita gente acaba preferindo a praticidade e buscando opções na rua (industrializados ou barraquinhas que vendem alimentos). As ofertas desses alimentos vêm diretamente até nós pelas mãos de vendedores ambulantes, em alguns casos sem higienização pessoal e manipulação dos alimentos corretas, e muitas vezes sem fiscalização da vigilância sanitária. Nesse caso, é muito importante lembrar que comer na rua é um perigo!
É preciso aumentar os cuidados quando houver necessidade de comer fora de casa. Esses alimentos podem causar intoxicação e infecções intestinais (moderadas ou graves, com sintomas de vômitos, diarreia, dores de cabeça, dores abdominais e febre). Caso tenha esses sintomas, procure imediatamente um médico.
Abaixo, algumas dicas importantes para não correr esses riscos:
– Prestar atenção no ambiente onde está sendo feita a refeição: higiene, conservação e manipulação dos alimentos;
– Evitar o uso de maionese caseira ou alimentos que foram preparados com maionese, pois são pratos que se deterioram rapidamente;
– Evitar os alimentos preparados há mais de seis horas e que ficam expostos, esperando para serem consumidos;
– Carnes desfiadas e cortadas merecem atenção redobrada, pois podem ser sobras de outros pratos;
– Os fast-foods não escapam. Devolva o hambúrguer se ele estiver mal passado ou se não estiver com o sabor característico do produto. Não insista em ingerir, pois a carne pode ter bactérias e causar uma intoxicação.
Um ambiente fora da temperatura ideal e o preparo incorreto facilita o crescimento de bactérias tornando-os impróprios para o consumo.
Outra dica muito importante é com relação ao álcool!
Para aliviar o excesso de álcool no fígado, manter a hidratação é o primeiro passo para quem exagerou. Além disso, o ideal é seguir uma alimentação saudável e desintoxicante, rica em frutas como melão, melancia, maçã, pera, kiwi, abacaxi ou banana, folhas verdes, verduras cruas, carnes brancas (frango e peixes) e carboidratos integrais, evitando o consumo excessivo de laticínios, gorduras e frituras, e carne vermelha.
Fica a dica!
Bom carnaval!!
Luciana Sampaio
Nutricionista
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